No principio era Deus solitário em si mesmo, não por egoísmo, e sim como arquiteto num sublime desejo de comunhão, não somente consigo mesmo, mas com algo que ainda não existia. Desse desejo latente em seu ser as coisas começaram a aparecer, tão harmoniosas como tu és. Tão belas e simples como Tu és, tão misteriosas e profundas como Tu és. Não existia o mal, só existias Tu Ó Deus com tua face resplandecente de luz fruto de teu próprio Espírito criador. No seu desejo de comunhão, o criador arriscou criar algo semelhante a si, que não era a si, mas que com um pouco de esforço chegaria muito próximo. Esse ato de amor de Deus poderia desarmonizar aquela harmonia inicial, mesmo assim, Ele aposta naquele que é o ser humano. Este que é egoísta e muitas vezes deformado pelas ações que pratica é agora o principal gerador de alteridade e proximidade com o criador. Um filho de natureza dupla (humana e divina) reduz o mistério de Deus em salvação, a solidão de Deus em comunhão, compreendida por todos os corações, não tanto pelasrazões. É tu menino que no principio era o verbo e que agora é gente com tantas caras e cores, que se revela neste dia em que a alegria não é só alegria, é êxtase, é entrega a ponto de se pronunciar: faça-se em mim segundo a tua vontade; em que viver não é só viver a sua vida, e sim poder rasgar as vestes dos corações e das visões para que vejas o raiar da nova luz que destrói as vaidades e alumia a essência do seu existir pela força da comunhão, do amor e da paz. Um feliz natal a todos vocês! Rev. Luiz Pereira dos Santos |
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Deus não quis ficar só
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